O assassinato do empresário custou R$ 85 mil em Piracuruca-PI

Adefranço, segundo a polícia, foi até o encontro de Francisco e um tio, que atraíram o empresário até a zona rural do município, e lá foi esfaqueado e morto
05 de janeiro de 2020, às 11:00 | Ravi Marques

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A equipe do Portal Douglas Cordeiro esteve na cidade de Piracuruca, norte do Piauí, e sentiu de perto a comoção dos moradores em relação ao assassinato do empresário Adefranço de Brito Coutinho, que aconteceu no primeiro dia do ano de 2020.

Coutinho das Petas, como o empresário era mais conhecido, foi vítima de uma emboscada, segundo a polícia. O empresário estava em casa quando foi chamado por uma pessoa com o objetivo de mostrar alguns imóveis que estavam a venda. Essa pessoa seria um homem identificado como Cícero.

Adefranço, segundo a polícia, foi até o encontro de Cícero e um tio, que atraíram o empresário até a zona rural do município, e lá foi esfaqueado e morto. O corpo foi deixado as margens de uma estrada vicinal e os assassinos fugiram levando o carro de luxo do empresário, que foi achado no dia seguinte em outro povoado.

"De início o crime estava sendo tratado como latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Mas também estávamos desconfiando que se tratava de um homicídio. Ouvimos vários amigos e familiares do empresário. Um suspeito foi detido. Esse suspeito se apresentou na delegacia nesta sexta-feira (03/01) com um advogado e ficou o tempo todo em silêncio. Estamos suspeitando da participação de outra pessoa, mas estamos investigando", disse o delegado Hugo Alcântara.

Adefranço era dono de uma fábrica de petas e também trabalhava no ramo de construção civil. Segundo uma testemunha que não quis se identificar, Cícero era ex-funcionário de Adefranço e devia a ele R$ 85 mil.

"O Cícero trabalhava para o Adefranço e também devia um dinheiro, cerca de R$ 85 mil. Mas o Cícero não pagava o empresário, mesmo após várias cobranças. Nos próximos dias aconteceria uma audiência entre os dois por causa desse dinheiro, era pros dois entrarem em um acordo. Mas, agora aconteceu isso aí, a morte do Adefranço. Ele atraiu o Adefranço, foi o "cheiro do queijo", e ainda teve a ajuda do tio", disse um amigo da vítima.

A família de Adefranço está em estado de choque com a morte do empresário. Nenhum familiar quis conversar com a imprensa. A cidade de Piracuruca está em comoção com o homicídio.

"O Adefranço era gente boa demais. Homem tranquilo. Tinha a fábrica dele de petas e uma padaria na cidade. Ajuda muita gente. Mas aí surgiu essa dívida que ele vinha cobrando essa pessoa e aconteceu essa tragédia. É muita covardia. Mesmo sabendo que era o homem que devia ele, o Adefranço foi até ele pensando que era pra fazer algum negócio e acabou sendo morto", disse Denison, frentista de um posto da cidade.

A Polícia Civil de Piracuruca tem dez dias para concluir o inquérito.

"As investigações estão muito avançadas e temos um prazo para concluir ele", finalizou o delegado.

Delegado Hugo Alcântara

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