Estudante que agrediu árbitra em Parnaíba recebe ameaças

Carlos Quixaba disse que o irmão se escondeu porque tem sofrido ameaças de moradores da região e até de policiais
06 de junho de 2019, às 12:00 | Ravi Marques

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Dois dias após a agressão o irmão do universitário resolveu se pronunciar sobre o caso. Além de irmão, Carlos Henrique Quixaba é advogado e falou em nome do Rodrigo Quixaba, acusado de agredir a árbitra Eliete Maria Fontenele durante uma partida de futsal na segunda-feira (03/06) na Universidade Federal do Delta do Parnaíba, na cidade de Parnaíba, litoral piauiense. 

Carlos disse que o irmão se escondeu porque tem recebido ameaças de moradores da região e até policiais.

“Meu irmão tem recebido muitas ameaças de estudantes, de pessoas que querem gerar mais violência e até policiais estão ameaçando agredi-lo. Ele tem recebe ameaças de morte e linchamento a todo momento, por esse motivo ele ainda não apareceu, está com medo”, disse.

Carlos falou também que Rodrigo está arrependido pelo o que fez e que conhece Eliete, já que ela foi árbitra dele em outros jogos. O advogado disse também que o caso ganhou grande repercussão e isso também assustou Rodrigo.

Eliete, a árbitra, informou que houve um atrito entre dois jogadores dos times que disputavam a partida.

“A partir da discussão entre os dois jogadores, os outros que estavam na quadra começaram a brigar. Foi uma briga generalizada em quadra. Para colocar tudo em ordem expulsei os dois jogadores que iniciaram a confusão. Após isso, o Rodrigo partiu pra cima de mim”, explicou a árbitra.

O irmão de Rodrigo falou que o universitário ainda aguarda receber uma intimação do delegado para que ele possa ir até a delegacia esclarecer os fatos e por isso Carlos afirma que Rodrigo não é considerado foragido.

“Não existe procedimento processual ou administrativo do caso, por isso ele não é foragido, como vem sendo espalhado por aí. Tanto que a vítima nem foi ouvida pela polícia ainda”, falou Carlos.

Carlos comentou que o irmão confessou ter agredido a árbitra durante um momento acalorado, e que Rodrigo negou ter cometido o crime porque a vítima era uma mulher.

“Ele não teve a intenção de agredir. E ele agrediu a Eliete não por se tratar de uma mulher, mas por causa do momento acalorado. Podia ser um homem ou uma mulher, ele não agrediu só porque era uma mulher. Meu irmão não é marginal, até porque ele é estudante, ele não é vagabundo”, falou o advogado.

Nesta terça-feira (05/06) estudante da UFDPar realizaram um protesto e pediram a expulsão do aluno acusado pela agressão. A mobilização foi na frente do auditório principal do campus. Em relação a isso, Carlos Henrique informou que vai a universidade avaliar o regulamento para saber se Rodrigo realmente pode ser expulso da instituição. Rodrigo é estudante do curso de engenharia de pesca da UFDPar.

Rodrigo Quixaba

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