Brasil registra casos de "flurona", gripe e COVID-19 ao mesmo tempo

Segundo especialistas, os casos devem aumentar já que as infecções são transmissíveis
04 de janeiro de 2022, às 13:00 | Cobertura COVID-19

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Pelo menos três estados brasileiros, Rio de Janeiro, Ceará e São Paulo, relataram casos de infecção por gripe e COVID-19 simultaneamente, que ficou conhecido como flurona.

A condição ficou conhecida como flurona, uma junção das palavras "flu", que é gripe em inglês, com parte da palavra "coronavírus".

No Rio de Janeiro, são dois casos. Um deles, é de um jovem de 16 anos testou positivo para as duas doenças. Os testes foram realizados por laboratórios particulares diferentes.

Em Fortaleza, são três casos, entre eles, dois bebês de 1 ano, que tiveram o diagnóstico das duas doenças. As crianças foram internadas mas já receberam alta.

Já em São Paulo, uma jornalista teve a dupla infecção. Ela sentiu sintomas fortes por alguns dias e depois foi melhorando aos poucos.

Segundo especialistas, os casos devem aumentar no Brasil já que as duas infecções circulam ao mesmo tempo e são muito transmissíveis.

Em entrevista ao Portal G1, o infectologista Roberto Medronho, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) alerta sobre a necessidade de vacinação.

"Além da pandemia de COVID-19, o Rio vive uma epidemia de Influenza. Por isso, os casos de coinfecção podem ocorrer. Aqueles que foram vacinados contra Covid e contra Influenza tendem a evoluir de uma forma muito boa. Entretanto, quem não se vacinou pode evoluir com mais gravidade", disse Roberto Medronho, infectologia da UFRJ.

Já a infectologista Cristiane Meirelles, também em entrevista ao Portal G1, a coinfecção era um grande receio da classe médica.

"Desde o início da pandemia, temos receio do surgimento de uma coinfecção – a mesma pessoa ter os vírus da gripe e da COVID-19. Nos últimos tempos, temos lidado com o vírus da gripe e com a variante Ômicron, que é muito mais contagiosa, circulando em vários estados. Por isso, muito provavelmente a gente vai ver mais coinfecção, o que pode causar um quadro mais grave, uma vez que os dois vírus atingem o mesmo sistema no organismo do indivíduo. Por isso, é importantíssimo que as pessoas testem. O diagnóstico vai ser fundamental para que o médico oriente o tratamento adequado e também o tempo de isolamento", explicou a pediatra e infectologista, Cristiane Meirelles.

Especialistas dizem que casos devem aumentar / FOTO: Calila Notícias

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