A Pesquisa CNT de Rodovias avalia toda a malha federal pavimentada e os principais trechos estaduais, também pavimentados. Em 2019, foram analisados 3.423 km no Piauí (108.863 km no Brasil).
A pesquisa mostra que 60,1% da malha rodoviária pavimentada apresenta algum tipo de problema e pode ser avaliada como regular, ruim ou péssima. Cerca de 39,9% da malha é considerada ótima ou boa. O pavimento apresenta problemas em 50,4% da extensão, 49,6% têm condição satisfatória e 1,2% do pavimento está totalmente destruído.
A CNT (Confederação Nacional do Transporte) avaliou também a geometria que é o tipo e o perfil da rodovia, a presença de faixa adicional, de curvas perigosas e de acostamento. Neste caso, 79,6% da extensão é deficitária e 20,4%, ótima ou boa. As pistas simples predominam em 99,0%, falta acostamento em 45,7% dos trechos avaliados e nos trechos com curvas perigosas, em 46,9% não há acostamento.
No Piauí foram registrados 51 pontos críticos, sendo 7 erosões na pista, 3 quedas de barreira, 1 ponte caída e 40 trechos com buracos grandes.
Todos esses problemas geram um aumento de custo operacional do transporte de 22,4%. Isso reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos.
De acordo com a pesquisa, para recuperar as rodovias no Piauí, com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução, são necessários R$ 242,03 milhões. Em 2019, o Governo Federal autorizou R$ 143,23 milhões, sendo que até setembro foram investidos R$ 73,37, o que representa 51,2% dos recursos.
Os acidentes geraram um prejuízo de R$ 226,22 milhões em 2018. No mesmo período, o governo gastou R$ 157,36 milhões com obras de infraestrutura rodoviária de transporte.
Um outro dado alarmante é que em 2019 haverá um consumo desnecessário de 28,5 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento. Esse desperdício custará R$ 100,78 milhões aos transportadores.