Entenda como viramos simples "marionetes" para as redes sociais

Não esqueça que apenas dois tipos de negócios, o tráfico de drogas e as redes sociais, classificam seus clientes como usuários
28 de junho de 2022, às 13:00 | Douglas Cordeiro

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Você gasta quanto tempo do seu dia na internet? Quais suas preferências? Notícias? Entretenimento? Redes Sociais? Assim como a maioria das pessoas no mundo, o Google é sua ferramenta preferida de busca? Quanto você gastou para criar sua página no Facebook, seu perfil no Twitter, seu canal no Youtube ou sua conta no Instagram? Claro que sua resposta, é nada, nenhum centavo. Mas se o usuário não paga por estes produtos, quem paga?

Cada empresa citada tem uma megaestrutura, milhares de funcionários, um gasto milionário e um faturamento mais milionário ainda. Como é possível? Não pagamos nada por isso. A resposta é simples e dura ao mesmo tempo. Se você não paga pelo produto, é porque você é o produto.

As empresas de tecnologia, do famoso Vale do Silício, utilizam os algoritmos que representam um conjunto de dados e regras estabelecidas por cada rede social, responsáveis por determinar quais conteúdos e quais páginas aparecem primeiro para o público na linha do tempo de suas respectivas contas.

O conceito pode parecer simples, mas esta ferramenta é responsável pelo aperfeiçoamento de inteligências artificiais modernas cuja função é saber tudo sobre você. O maior patrimônio destas companhias gigantescas não é o seu banco de dados com milhões de informações sobre seus usuários e sim, o perfil dos usuários, gostos, comportamentos, relacionamentos, estado emocional, fraquezas, pontos fortes, absolutamente tudo. É tanta informação que caso você tivesse acesso seria surpreendido com detalhes que nem mesmo você sabia. Mas eles sabem.

É como se cada pessoa tivesse uma espécie de clone virtual, que é montado continuamente após uma curtida, um clique em um link, uma mensagem enviada, os sites visitados, nada escapa, tudo é aproveitado para que as telas oferecidas sejam exatamente o que você procura.

Com tantas “certezas” sobre seus usuários, a lucratividade está em vender o seu tempo e suas preferências para anunciantes que podem segmentar suas propagandas que são “oferecidas” para o público certo e com retorno garantido.

O que não se fala com frequência, muito menos com profundidade, é o vício, a troca do real pelo virtual, a superficialidade, a restrição à diversidade, a classificação dos seres humanos através das suas escolhas, dependência, agressão e até morte.

Você deve está dizendo? Mas eu decido o que acessar na internet? Será? As técnicas utilizadas são manipuladoras e assim como em uma mágica, você é induzido a acreditar no que está vendo, a moeda que desapareceu, o coelho que saiu da cartola ou a pessoa que é cortada ao meio dentro de uma caixa. Neste mundo, tecnologia e psicologia andam lado a lado.

Não esqueça que apenas dois tipos de negócios, o tráfico de drogas e as redes sociais, classificam seus clientes como usuários.

O dilema das redes


POUCAS E BOAS


A ATRAÇÃO DA MENTIRA

Estatísticas mostram que uma notícia falsa, no Twitter, repercute seis vezes mais que uma notícia verdadeira. Aliás, eu estou curioso para saber se o plano da Justiça Eleitoral para combater e punir quem espalhar desinformação durante as eleição vai funcionar mesmo. Oportunidade não vai faltar.

SEM EIRA NEM BEIRA

O rumo do grupo político do Dr. Pessoa para as próximas eleições continua indefinido. O presidente da Câmara Municipal de Teresina, Jeová Alencar, já está na oposição. E o prefeito? O vice? Vereadores da base? Sabe qual será a solução? Uma declaração liberando todos para votarem em quem quiser.

JUNTANDO OS CACOS

O problema é à volta. Sabendo que nem todos voltarão, Dr. Pessoa já anuncia uma reforma política logo após a eleição. É contar quem ficou, fazer uma redistribuição de cargos, continuar fingindo que manda e seguir em frente para, pelo menos, terminar o mandato. Já está de bom tamanho.

A CONTA NÃO FECHA

A dança das cadeiras de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores continua em todo o Piauí. Os candidatos anunciam em suas redes sociais uma espécie de “placar” como se a disputa fosse decidida a favor de quem tem mais lideranças. Só lembrando que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) totaliza os votos e não os apoios. Não esqueçam.

O PODER SEM VOTO

Por falar em adesão, apenas os prefeitos são exaltados pelos candidatos a governador. Em algumas cidades piauienses, as administrações são tão desastrosas que é melhor ter o apoio da oposição.

NÃO FOI FALTA DE AVISO

A taxa de positividade para COVID-19 voltou a aumentar na última semana epidemiológica. É o 5º aumento consecutivo, ficando em 13,03%. A taxa de ocupação hospitalar também vem aumentando, indicando a necessidade de adoção de medidas mais rígidas para o controle da pandemia, associadas aos esforços de ampliação da vacinação, principalmente com as doses de reforço.

CADA UM COLHE O QUE PLANTA

Enquanto o cenário se agrava, quase todos os municípios piauienses estão realizando grandes shows, com milhares de pessoas aglomeradas sem qualquer controle. É a velha política do pão e circo que agora traz como bônus a COVID-19.

É SÓ O COMEÇO

Os planos de saúde fazem o que bem entendem com seus clientes. Recentemente, fui a uma consulta o Hospital Santa Maria. Na hora de tomar a medicação, pedi a enfermeira para medir minha pressão e ela disse que precisaria voltar ao consultório médico para uma autorização. Não sabia que este simples procedimento tinha algum efeito colateral.

TESTE VISUAL PARA COVID-19

Tem mais. Minha mulher testou positivo para COVID-19 e fomos ao PRONTOMED. Eu e minha filhas tentamos fazer teste, já que moramos juntos. A médica disse que eu não apresentava nenhum sintoma grave e não havia necessidade de teste. Sem saber se estava com a doença, como vou ficar isolado. Tenha meu trabalho. Caso estivesse com COVID-19 e seguisse minha vida normal, quantas pessoas poderiam ser contaminadas? É uma falta de respeito e os órgãos de controle de bico fechado.

CINEMA NACIONAL

Assisti ao filme “O Nome da Morte”, lançado em 2018, que conta a história do maranhense Júlio Santana, um assassino profissional responsável por 492 mortes nos seus 35 anos de carreira. Os assassinatos começaram quando ele tinha 17 anos, ensinado pelo tio que o aconselhou a rezar após os assassinatos. Júlio foi preso uma vez e foi solto um dia depois. Nunca pagou pelos seus crimes. Uma história de sofrimento e impunidade tão comum neste país. Vale a pena assistir.

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